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Foto: Nyrium |
Estamos
cansados de tanto falar sobre desgraças, separações, politica nacional e formas
de mudar o mundo. Sabemos que os assuntos são necessários, mas pouco temos
falado da tampa da nossa panela. O ar tem a chuva. O céu tem o sol. A lua tem
os olhos humanos. Você? Qual a tampa da sua panela?
A
Tampa da nossa panela é Clarice Lispector. Nossa inspiração para criar o
grupo e três dos nossos quatro espetáculos. No dia 9 de dezembro de 1922,
nascia na Ucrânia, essa escritora que em apenas dois meses, chegaria refugiada
ao Brasil e se tornaria nossa musa da expressão intima humana. No dia 10 de
dezembro de 1977, ela nos deixa o legado de acreditarmos na força das palavras.
E aqui estamos, nós, acreditando que a palavra, de qualquer forma que ela seja
concebida, está no mundo, para salvar vidas.
Este
ano, no dia 9 e 10 realizamos atividades em Pernambuco e Alagoas, nesses dois
dias tão importantes, para o nosso grupo, assim como para tantas outras pessoas.
Em Garanhuns-PE, ocorreu a oficina "Caminhos para a consciência do
corpo", na I Mostra de Monodramas, realizado pela Imburana Produções e o
espetáculo a Descoberta de Um, no dia 10. Enquanto em Maceió, no dia 10 matamos
a saudade dos ensaios do nosso processo já finalizado, Granja dos Corações
Amargurados, no 3º Congresso Acadêmico de Inovação e Tecnologia da UFAL. Em São
Pualo, a atividade foi adiada por questões do destino (chuvas fortes). Na
próximo postagem iremos mostrar fotos desse momento.
O
título dessa postagem é inspirado em uma canção que tive prazer de escutar no
espetáculo Cabaré Fucô, um quase musical, da Companhia
de Teatro Os Satyros, que foi fundada em São Paulo, em 1989, por Ivam Cabral e
Rodolfo García Vázquez. E o espetáculo é composto por cenas curtas e
fragmentadas, as figuras bizarras desse cabaré criam reflexões sobre a trajetória
do homem na sociedade contemporânea a partir de temas como o feminismo, a
repressão sexual, os padrões de beleza, a busca pelo emprego dos sonhos, os
relacionamentos perfeitos e a robotização das convenções e crises sociais.
(Fonte: Catraca Livre)
Mas no fim, acabamos esquecendo o que é de mais fundamental humano e verdadeiro: nosso amor. O amor pelo outro, as metades de nossa laranja. Um grupo também é um laço que, as vezes não percebemos tanto, mas que nos sustentam e que alimentam nosso lado mais humanos, quando não o entendemos apenas como uma empresa.
Criamos vínculos de amizades de amores no Grupo Claricena,
uns que foram, que voltaram, que estão por vir, que estão distantes. Claro que é difícil manter esse amor tão louco, mas o mais importante é que prosseguiremos e que nos entendemos como a tampa da panela do outro. E você, já olhou para os lados, percebe os grupos que está? As pessoas que te rodeiam? Qual a tampa da sua panela?
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As fotos são do espetáculo A Descoberta de Um, apresentado em outubro de 2016, na Escola Técnica de Artes de Maceió-AL registrado por Nyrium, direção de Anderson Vieira, intérprete Juan Pedro, produção executiva Washingtom D'Anunciação.
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